[Resenha] A Srta. Buttervorth e o Barão Louco de Julia Quinn

 












A Srta. Buttervorth e o Barão Louco
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 160
Gênero: Romance de época
Classificação:



Sinopse:
Um romance ilustrado irresistível e bem-humorado baseado no livro preferido dos Bridgertons.
A extravagante aventura A Srta. Butterworth e o barão louco já apareceu em várias obras de Julia Quinn e encantou alguns de seus personagens mais amados. Agora você também vai poder ler essa deliciosa história de amor e perigo.
Depois que quase toda sua família é tragicamente dizimada pela peste, Priscilla Butterworth só pode contar com a mãe e a avó. Mas uma série de infortúnios acaba separando-a também das duas.    Mandada para viver com uma tia malvada, a jovem é forçada a trabalhar sem parar, até que não consegue mais suportar e foge, iniciando uma jornada cheia de reviravoltas. Agora Priscilla terá que usar toda a sua inteligência para sobreviver a diversas enrascadas, sem imaginar que uma delas colocará em seu caminho o amor de sua vida, o barão “louco”.
Ilustrada por Violet Charles e contada na voz inconfundível de Julia Quinn, esta animada comédia ambientada no século XIX certamente vai conquistar os leitores de hoje.


Para quem já leu as histórias da Julia Quinn é quase impossível não ter lido sobre essa história em algum momento. E claro que eu amei a chance de conhecer melhor essa história e claro matar a curiosidade sobre essa história. Então vamos a ela.

Vamos acompanhar as aventuras e desventuras de Priscilla Butterworth, porém teremos momentos impagáveis na visão de outros personagens e intromissões imperdíveis. E não se preocupe, por ser uma história em quadrinhos fica muito tranquilo acompanhar as falas e o desenrolar da trama. E já aviso que não precisa ler nenhum livro antes desse, dá pra acompanhar a história perfeitamente, só claro não existe o mesmo impacto para quem já conhecia de ouvir falar.

Que não é apenas original e criativa é ainda por cima historicamente correta. Na época em que se passa, o que era moda de escrita era o romance de sentimento e o de estilo gótico. Então achei incrível que dentro da história dos Bridgertons a leitura era exatamente condizente com a da época em que os se passa a história da família mais amada dos romances de época.

Depois que quase toda sua família é tragicamente dizimada pela peste, Priscilla só pode contar com a mãe e a avó. Mas uma série de infortúnios acaba separando-a também das duas. Mandada para viver com uma tia malvada, a jovem é forçada a trabalhar sem parar, até que não consegue mais suportar e foge, iniciando uma jornada cheia de reviravoltas. Agora Priscilla terá que usar toda a sua inteligência para sobreviver a diversas enrascadas, sem imaginar que uma delas colocará em seu caminho o amor de sua vida, o barão “louco”. E aqui você já sabe que é quase impossível não se apaixonar por esses personagens e torcer para o tão sonhado final feliz.
“Só espero que estivesse à altura dele. Ele precisa de alguém que o desafie, mas que também o faça rir. Como seria a moça perfeita?"
Um pouquinho de história para explicar melhor: romances sentimentais contavam com respostas emocionais, tanto de seus leitores quanto de seus personagens. Eles apresentam cenas de angústia e ternura, e o enredo é organizado para promover emoções e ações. Outra coisa é que naquela época os autores eram meio “assassinos” com os personagens então havia muita morte e órfãos nas histórias (comuns a realidade da época, que tinha uma alta taxa de mortalidade). O livro contém também muitos elementos góticos padrão (mansões antigas, uma abadia assombrada) que remetem a "cinderela" e são comuns terem um pouco desse estilo sentimental misturado.

Toda essa explicação pra dizer que os exageros e situações pouco críveis seriam sim aceitos e até bem elogiados a época porque contam com uma “explicação” para esses acontecimentos, precisa dizer que acredita? Não precisa, porque contava mais a “lição de moral” e os sentimentos envolvidos, não à toa a reação da Lady Danbury enquanto a Hyacinth lia para ela. Falando nisso, essa cena também é perfeita porque era costume um integrante da família ler para os outros e somente após a leitura cada integrante teria a chance de fazer uma leitura individual da história.

Claro que não imagino que existiam história em quadrinhos, mesmo sabendo que as charges e tiradas cômicas eram sim publicadas em periódicos, porém para nós deu um toque ainda mais incrível pra leitura, porque além de eu ter amado as ilustrações, jogo de cores e as surpresas, de uma sensação de não estar lendo e sim assistindo a história. Sem falar, claro que existem algumas referências aos Bridgertons na aparição de um inseto muito importante para o livro dois. Sem mentira, eu achei a história até muito crível e não tão impossível como a Hyacinth alegava.
“Então, abelhas, eu também não queria estar aqui, mas estamos todas à mercê da minha tia.”
Eu acabei me emocionando muito mais que a querida Lady, porém por outros motivos. Imagino que assim como eu você soube da tragédia que houve na vida da Julia Quinn, porém até a leitura desse livro eu não tinha de fato me dado conta do tamanho e das repercussões dela. E assim, a história dentro da história me deixou ainda mais encantada com todo esse trabalho e o quanto ele é especial e significativo. Eu só posso dizer que me admiro e respeito alguém que tem tanta força para continuar e honrar o legado dos seus, após tanta dor.

O trabalho editorial dessa edição é primoroso, com páginas em papel couché matte, ilustrações e texto e fonte que além de mostrar a entonação da fala, ainda conseguem passar o sentimento com que cada dialogo é feito. Cores que são condizentes com as existentes no período da história, e algumas ilustrações comuns a mangás para expressar um estado emocional diferenciado, achei simplesmente maravilhoso. A parte dos agradecimentos, sobre os autores e In Memoriam são uma riqueza para os fãs de Julia Quinn e o humor que faz suportar a dor arranca sorrisos mesmo em meio as lágrimas.

Termino dizendo que pra mim, se você leu mais de duas histórias da Julia Quinn precisa ler essa história e assim como eu se apaixonar por esse universo mais uma vez.

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

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