[Resenha] Tudo e Todas as Coisas de Nicola Yoon









Titulo : Tudo e Todas as Coisas
Autor : Nicola Yoon
Paginas : 280
Editora : Arqueiro
Gênero : Romance, Drama, Ficção
Classificação :


Sinopse:

Tudo envolve riscos. Não fazer nada também é arriscado. A decisão é sua.
A doença que eu tenho é rara e famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Não saio de casa. Não saí uma vez sequer em 17 anos. As únicas pessoas que eu vejo são minha mãe e minha enfermeira, Carla.   Então, um dia, um caminhão de mudança para na frente da casa ao lado. Eu olho pela janela e o vejo. Ele é alto, magro e está todo de preto: blusa, calça jeans, tênis e um gorro que cobre o cabelo. Ele percebe que eu estou olhando e me encara. Seu nome é Olly.
Talvez não seja possível prever tudo, mas algumas coisas, sim. Por exemplo, vou me apaixonar por Olly. Isso é certo. E é quase certo que isso vai provocar uma catástrofe.


Olá!! Eu realmente queria muito ler essa história e depois ver o filme, mas vamos ao livro. Comecei os primeiros capítulos de forma despretensiosa de minha parte e derrepente já estava na página 56, 118 e sem me dar conta me apaixonei pela história e não queria parar de ler.

Maddy, ou Madeline Furukawa Whittier, 17 anos, adora ler e estudar arquitetura. Tem uma mãe que é médica e uma enfermeira, Carla. Aí as coisas começam a ser diferentes para Madeline, afinal ela não é uma adolescente comum. Possui uma doença que a deixa presa dentro de casa numa bolha de proteção.

Apesar do tema médico o livro é maravilhoso na narrativa e nas descrições da vida de Maddy que poderiam ser apenas cópia do dia anterior, porém como alguém que lê ela tem muito a dizer sempre. As resenhas que ela faz no Tumbler são chocantes.
“Bem debaixo do nosso nariz existem mundos inteiros que mal notamos. ”
Outra coisa é que o livro parece ser um diário muito bem escrito e que você vai querer ler para entender como é a não vida de alguém que é protegida contra tudo, afinal ser alérgica ao mundo a faz ter o ar, a temperatura, a vida sob um controle rígido. Porém não existe como prever o imponderável.

Ollie ou Oliver alto, magro e está todo de preto: blusa, calça jeans, tênis e um gorro que cobre o cabelo. E por esses acasos da vida se muda para casa ao lado de Madeline.

Como alguém que não vive no mundo, mas o observa, Maddy passa a observar a vida e a família de Ollie e daí vem o encantamento mútuo a convivência por meio da internet e as descobertas.

De todas as coisas legais desse livro, as referências a outros livros e a metáforas, sim o livro está cheio delas, de uma forma tão delicada na escrita que me fazem pensar se eram intencionais ou não. E me vi lendo o mesmo livro de duas formas distintas ao mesmo tempo. Uma como adolescente que um dia fui descobrindo as maravilhas do gostar, desejar, apaixonar-se e também amar. Das descobertas, ilusões e desilusões as vezes junto e outras vezes em separado. Maddy poderia ser qualquer uma adolescente nesse momento.
“De uma coisa tenho certeza: vontade só gera mais vontade. O Desejo não tem limites”
Em outras como mãe que gostaria de dar tudo e ainda proteger de tudo que o mundo pode trazer de ruim para os filhos. De como é complicado lidar com o amor de mãe. Eu disse a minha quando minha filha nasceu: - Mãe, o mais triste hoje é descobrir que nunca vou te amar tanto quanto você me ama. E em vários momentos dessa leitura me vi pensando nisso, na letra da música da Legião Urbana
“Você me diz que seus pais não te entendem, mas você não entende os seus pais”.
Como a leitura foi em vários momentos livros diferentes para uma mesma pessoa e de como a personagem tem razão de que todas as vezes que lemos uma história ela estará diferente para quem ler. A história é a mesma, mas o leitor não é mais.

Outra coisa que torna esse livro muito bom é que a primeira parte você tem aquele clima de descoberta e felicidade que te deixam muito relaxada lendo e começa a criar uma expectativa que não vai durar. Com o relacionamento de Maddy e Ollie as coisas começam mesmo a mudar e ficam mais intensas. Porém a grande, grande surpresa no final dar ao livro quase um terceiro momento que coloca tudo de antes sob a lente de um microscópio e faz o livro ser realmente maravilhoso.
“É por isso que as pessoas se tocam. Às vezes, palavras não bastam. ”
A edição que li, é uma especial com fotos do filme e as ilustrações do livro anterior, tudo nele torna a leitura leve, maravilhosa e muito agradável, as folhas amarelas, o tamanho da fonte uma capa linda que mesmo quem prefere a original acaba se rendendo a beleza dela sendo a do filme. Eu mega indico a leitura desse livro que parece ser um presente para quem ama ler, pra quem não se apaixonou ou já se apaixonou, pra quem é mãe e pra quem é filha e filho.
“Se você não tem do que se arrepender é porque não está vivendo”
Boa leitura
Elisabete Finco. (Blog Pretenses)

2 comentários:

  1. Que resenha ma-ra-vi-lho-sa!!
    Estava lendo e sabia que não tinha sido escrita pela Adriana (que também escreve resenhas excelentes!) por uma questão de estilo mesmo.
    Ainda não li o livro, mas desejo muito, principalmente após ter visto o filme. A mensagem que tirei é que viver não significa apenas respirar e ter o coração batendo. Viver é se arriscar, rir e sofrer. É amar! Amar oa amigos! Amar a vida! Se apaixonar!
    Acabei de ler Arruinados que um dos personagens não quer se apaixonar com medo de sofrer depois. Ele também não vive. Não plenamente!
    Conhecem aquele ditado: Quem não arrisca, não petisca?
    Arrisquem, vivam!! Mas com segurança! 😊

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  2. Esse livro é uma graça. Adorei a forma como a trama é contada, essa carinha de diário e a agilidade da história fica bem gostoso de acompanhar né? ^^ E as outras referências e livros que cita, o clima de adolescente se descobrindo e o monte de coisas que acaba fazendo a gente refletir dá gosto de ler. É uma leitura leve e que encanta ^^

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