[Resenha] Ano Um de Nora Roberts








Título: Ano Um
Autor:
Nora Roberts
Páginas: 320
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de época
Classificação:



Sinopse:

Tudo começa na noite de Ano-Novo. A doença se alastra rapidamente. Em questão de semanas, a rede elétrica para de funcionar, as leis e o sistema de governo entram em colapso e mais da metade da população mundial é dizimada.  Onde existia ordem, agora só há caos. E conforme o poder da ciência e da tecnologia diminuíam, a magia crescia e tomava o seu lugar. Uma parte dessa magia é boa, como a feitiçaria praticada por Lana Bingham no apartamento que divide com o amante, Max. Outra parte dela, no entanto, é inimaginavelmente maligna, e pode se esconder em qualquer canto, numa esquina, nos fétidos túneis sob o rio ou dentro daqueles que você mais ama e conhece…
Espalham-se rumores de que nem os imunes nem os dotados estão a salvo das autoridades que patrulham as ruas devastadas, então Lana e Max resolvem deixar Nova York. Outros viajantes também seguem esperançosos para o oeste: Chuck, um gênio da tecnologia que mantém o bom humor em um mundo off-line; Arlys, uma jornalista que insiste em buscar e registrar a verdade; Fredinha, uma jovem com um otimismo que parece fora do lugar nessa paisagem desoladora; Rachel e Jonah, médica e paramédico, determinados a proteger uma jovem mãe e seus três bebês recém-nascidos.    Em um mundo em que cada estranho no caminho pode representar a morte ou a salvação, nenhum deles sabe o que encontrarão. Porém, um novo horizonte os aguarda, a concretização de uma profecia ancestral que transformará a vida de todos os sobreviventes.


Oi pessoal, a Nora anunciou a um bom tempo que ela estaria parando de escrever os romances do tipo de seu inicio de carreira e estaria investindo em novos estilos. Nos livros publicados até hoje pelo Arqueiro, podemos observar esta variação e ela finalmente escreveu algo novo, mas tão seu, que é este último lançamento da editora o Ano Um, Crônicas da escolhida, livro 1. Uma distopia misturada com fantasia, onde o romance que acontece é algo bem pano de fundo na história e não o fator principal, como ela tinha por hábito escrever.

Para mim que já leu mais de 160 livros publicados da Nora, consegui visualizar muitas particularidades suas e semelhanças com vários universos literários, mas principalmente os seus. Porém ao mesmo tempo eu li algo completamente novo e diferente de tudo o que já li dela. À medida que fui lendo, eu também fui visualizando a história através de vários filmes e livros que já abordaram este tema. O fim quase apocalíptico da humanidade. Com isso você pode está dizendo, é clichê então... eu digo que não. Um dos fatos deu amar tanto a Nora é justamente sua capacidade de transformar um assunto já abordado em algo completamente novo, fato acontecido em diversas histórias suas. Ela teve um romance de banca publicado e o usou para se inspirar e criar um romance de mais de 400 páginas completamente diferente.

Esta é uma leitura onde você precisa prestar bastante atenção a todos os detalhes que ela vai contando e apontando durante a história, pois tudo que a Nora escreve tem importância e nenhum personagem é alheatório. Uma mudança já de início que eu percebi neste livro é a quantidade de personagens que são apresentados no decorrer do livro e o fato dela dar destaque a apenas um casal e depois fazer algo tão diferente ao que eu estava acostumada em suas histórias que me deixou em choque e eu confesso ter chorado.
“Há tanto tempo foi escrito que a maioria o esqueceu. – O quê? – Que o escudo seria quebrado, o tecido, rasgado, pelo sangue dos Tuatha de Danann. Agora virão o fim e a dor, o conflito e o medo, o princípio e a luz. Nunca imaginei que viveria para ver isso. (...) Havia quem dissesse, ele bem sabia, que ela era uma das fadas; outros, que era meio incerta da cabeça. Mas o frio o perfurou mais uma vez, uma pontada bem na base da espinha.”
A história começa com a chegada de um novo ano e com ele o início da disseminação de uma doença que foi denominada catástrofe por causa da rapidez com que ela se espalhou por todo o mundo, mas principalmente pela velocidade com que ela leva as pessoas a morte. Porém também começou a se observado que algumas pessoas são imunes a doença, bem como que outras além de imunes se tornaram incomuns, inumanos (isso te recorda algo... rsrsrsr).

As pessoas que sobrevivem, começam então ao buscar uma forma de recomeçar a viver novamente, pois não foi apenas a doença que destruiu a população, a maldade humana também contribuiu para mais mortes e destruição. Aliás, este é um ponto fundamental na história, o mal que muitos têm dentro de sí, sem precisar de uma intervenção “espiritual” ou externa, ou uma mudança. A humanidade precisará recomeçar.
“Eu não acredito em demônios, isso não é mentira. Mas eu vi o que antes julgava inacreditável. Eu vi a beleza e o assombro dessas manifestações. Acredito que, entre aqueles que denominados incomuns, há luz e escuridão, da mesma maneira que há luz e escuridão em todos nós.”
Não vou falar mais e nem detalhar nenhum personagem, pois a Nora está quebrando seus padrões com este livro e ele é o primeiro de uma trilogia, para arrebentar com o meu coração que está sofrendo pela continuação. Destaco, porém que este livro possuiu uma história forte, com pontos bem detalhistas e chocantes.

O livro me prendeu do início ao fim e é fantástico. A edição da Arqueiro também ficou maravilhosa. Amei eles terem feito uma capa semelhante à lançada nos Estados Unidos, bem como a imagem utilizada para dar destaque à separação dos momentos do livro, que são quatro ao todo. A expectativa ficou bem alta para os próximos.


Boa leitura
Carolina Finco do Blog Pretenese.

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