[Resenha] Natureza Morta de Louise Penny







Natureza Morta
Autor :  Louise Penny
Paginas : 304
Editora : Editora Sextante                                Gênero : Romance Policial, Ficção                           Classificação :


Sinopse

Em Natureza morta, Louise Penny apresenta o inspetor-chefe Armand Gamache, que conduz esta brilhante e premiada série de mistério.
O experiente inspetor-chefe Armand Gamache e sua equipe de investigadores da Sûreté du Québec são chamados a uma cena do crime suspeita em Three Pines, um bucólico vilarejo ao sul de Montreal. Jane Neal, uma pacata professora de 76 anos, foi encontrada morta, atingida por uma flecha no bosque.
Os moradores acreditam que a tragédia não passa de um infeliz acidente, já que é temporada de caça, mas Gamache pressente que há algo bem mais sombrio acontecendo. Ele só não imagina por que alguém iria querer matar uma senhora que era querida por todos.
Porém, o inspetor-chefe sabe que o mal espreita por trás das belas casas e das cercas imaculadas e que, se observar bem de perto, a pequena comunidade começará a revelar seus segredos.   Natureza-morta dá início à série policial de grande sucesso de Louise Penny, que conquistou leitores no mundo todo graças ao cativante retrato da cidadezinha, ao carisma de seus personagens e ao seu estilo perspicaz de escrita.


Olá pessoas, a editora arqueiro trouxe uma nova série para nossa alegria. Dessa vez, longe dos romances e histórias focadas no mistério e na trama policial. Dos três primeiros lançamentos essa sinopse foi a que mais me chamou a atenção, então decide começar a leitura da nova série por essa história, e não me arrependo!

Eu amei logo de cara perceber que a história se passa no Canadá, após ler Anne de Green Gables não me recordo de outra história que ocorra em terras canadenses. Porém dessa vez, tem uma questão que não havia sido abordada em Anne. Uma certa rixa entre os que falam Frances e Inglês e claro, as questões culturais e sociais que giram entorno dessa questão.

Ao melhor estilo Agatha Christie somos apresentados ao inspetor-chefe Armand Gamache, que também fala em Frances-Inglês porém tem uma linha investigativa muito mais próxima da realidade e tão intuitiva e perspicaz quanto nosso querido Poirot. Não vou mentir, adorei a caracterização que distancia ambos personagens.

Vamos conhecer um bucólico vilarejo ao sul de Montreal, mesmo lá sendo considerado uma pequena cidade não consta nos mapas, é preciso saber para onde ir para encontrar Three Pines, assim, quando o experiente inspetor-chefe Gamache e sua equipe de investigadores da Sûreté du Québec são chamados a uma cena do crime suspeita, o primeiro desafio é descobrir onde fica o lugar aonde Jane Neal, uma pacata professora de 76 anos, foi encontrada morta, atingida por uma flecha no bosque.

Os moradores acreditam que a tragédia não passa de um infeliz acidente, já que é temporada de caça, mas Gamache pressente que há algo bem mais sombrio acontecendo. Ele só não imagina por que alguém iria querer matar uma senhora que era querida por todos. Porém, o inspetor-chefe sabe que o mal espreita por trás das belas casas e das cercas imaculadas e que, se observar bem de perto, a pequena comunidade começará a revelar seus segredos.

E assim somos levados a junto com sua equipe fazer parte da vida desse lugar encantador que tem seu charme no carisma de seus personagens e na deliciosa narrativa da autora. O texto flui de uma maneira deliciosa, te fazendo querer ler só mais um pouco antes de parar para outra atividade e se descobrir deliciosamente atrasado para o que quer que seja, afinal os suspeitos se avolumam e lógico aquele personagem tão “bonzinho” acabou de se tornar o principal suspeito na investigação.

Sabemos que a senhorita Neal foi morta com uma flecha e de maneira muito interessante somos apresentados aos rudimentos base do tiro ao alvo. E como não poderia deixar de ser uma referência que arranca sorrisos a Robin Wood e aos indígenas que praticavam a caça com arco e flechas. Outro fator que contribui pra trama ser fluida é a o uso de vários cenários e também o retorno a locais se tornam conhecidos, deixando a história sempre em movimento, tanto investigativo quando nas mais deliciosas fofocas locais, que como sempre acontece em pequenos lugares, remontam a vários anos e a várias gerações anteriores.

Cada personagem é único, a autora aborda bem a diversidade de pessoas em uma comunidade e também a representatividade em sua escrita. Foi uma grata surpresa várias referências durante a trama, em especial ao querido Oscar Wilde. À medida que vamos vendo a trama acontecer, várias vezes mudamos a suspeita de quem poderia haver cometido o crime, se foi algo intencional ou acidental e também torcemos para que não seja um o outro personagem.

Eu curti os diálogos e a maneira com a autora coloca a linguagem corporal como parte do contexto da conversa, fazendo parte da comunicação do momento. Além de também mostrar que somos um pouco aparência e muito menos verdadeiros quando estamos em público. Confesso aqui que em vários momentos senti falta de notas de rodapé em especial a questões mais regionais ou de referências. Em outros momentos eu apreciei como a investigação correu o ritmo menos acima da lei e mais próximo a realidade. Em outros admirei como a autora aborda brilhantemente como cada pessoa tem uma espécie de vida secreta mesmo daqueles com quem convivem no dia-a-dia e para desvendar o mistério é preciso recorrer a pequenos fragmentos de informações.

Como esse é o primeiro de uma série, só posso dizer que já estou animadíssima após ler o trecho do próximo livro no final deste. Mal posso esperar para reencontrar esses e os novos personagens, e claro ter a chance de revisitar Three Pines. Afinal, história pela metade mata quem lê de curiosidade.

Eu amei a edição porque veio com um mapa de duas páginas da cidade, com pontos de localização e referência, página amarela, diagramação perfeita pra leitura com tamanho e espaçamento de fonte super confortáveis, eu gostei da tradução porque não senti que ficou truncada pra eu perceber que truncou o entendimento e achei a revisão foi bem-feita e sem erros de ortografia. Ao final veio uma amostra da próxima história da serie e como comentei, preciso do próximo pra ontem!

Resenhado Por Efinco do Blog Pretenses

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