[Resenha] Romance Entre Rendas de Loretta Chase









Titulo : Romance Entre Rendas
Autor : Loretta Chase
Paginas : 320
Editora : Arqueiro
Gênero : Romance de Época
Classificação :


Sinopse:

Que lady Clara Fairfax é dona de uma beleza estonteante, Londres inteira já sabe. Mas a fila de pretendentes que bate à porta de sua casa com propostas de casamento já está irritando a jovem.   Cansada de ser vista apenas como um ornamento, Clara decide afastar-se um pouco da alta sociedade e se dedicar à caridade. Um dia, numa visita a uma obra social, ela depara com uma garota em perigo e pede ajuda ao alto, sombrio e enervante advogado Oliver Radford.  Radford sempre foi avesso à nobreza, mas, para sua surpresa, pode vir a se tornar o próximo duque de Malvern. Embora queira manter sua relação com Clara no campo estritamente profissional, aos poucos ele percebe que ela, além de linda, é inteligente, sensível e corajosa.  E quando a perspectiva de casamento se aproxima, tudo o que Radford pode fazer é tentar não perder a cabeça por Clara. Será que a herdeira mais adorada da sociedade e o solteiro menos acessível de Londres serão vítimas de seus próprios desejos?
Em Romance entre rendas, livro que encerra a série As Modistas, Loretta Chase nos brinda com uma história envolvente e cheia de paixão, com personagens fortes e marcantes.


Enfim, o último livro da série As Modistas, Romance entre Rendas. E que final para esta série tão maravilhosa que trouxe como tema principal no enredo algo que muita gente ama, a moda. Confesso que apesar de não ser muito fã deste assunto, fiquei em toda leitura imaginando as roupas das personagens, uma verdadeira viagem cultural. Este último livro foi uma alegria para mim, pois ficaria muito triste se a autora não tivesse dado um final para a Clara. Se você não leu os livros anteriores, leia, pois o crescimento desta personagem ao longo dos três primeiros livros é notável para chegar até aqui no quarto livro.

Lady Clara Fairfax é a jovem mais linda das últimas temporadas, filha de um Marquês, com um enorme dote, mas isso não foi de ajuda para que ela arranjasse um marido que a amasse, porém a fez se tornar um troféu para o cavaleiro que conseguisse leva-la ao altar. Ela é muito inteligente para uma mulher de sua época e o fato de não poder demonstrar sua capacidade intelectual ao conversar com um cavalheiro a incomoda profundamente. Como poderá se casar com um homem fingindo ser burra e submissa. Ela está profundamente entediada com sua vida e tudo o que faz ultimamente é ajudar na Sociedade das Costureiras fundadas pelas irmãs Noirot, desfilando as roupas costuradas para ela. É numa destas idas a sociedade que ela acaba envolvida num dos assuntos particulares de uma das moças e promete ajuda-la. Afinal, é uma oportunidade para fazer algo realmente útil.

Oliver Radford é um brilhante advogado, assim como seu pai, que quando criança foi apelidado pelos seus primos de o Corvo, porém devido tanto a sua aparência como a sua inteligência o apelido permaneceu. Ele provém de uma família nobre, seu pai é um possível herdeiro de um ducado caso o seu primo não tenha filhos, mas como o seu pai resolveu viver afastado da sociedade e de seus familiares, apesar de manter contato com a nobreza como advogado. Ele é mordaz e quase imbatível no tribunal. Qual sua surpresa ao se esbarrar com a irmã de um antigo amigo da escola e depois que esta mesma jovem o procurasse disfarçadamente solicitando seus serviços de advogado, será que ela lembra-se dele?

Pois bem, os dois são inteligentes, os dois possuiu aquele humor acido britânico, os dois querem vencer em suas disputas verbais. Ela quer uma aventura ajudando a Bridget a encontrar seu irmão que está envolvido com uma gangue e ele quer ajuda-la, mas ao mesmo tempo, quer mantê-la a quilômetros de distância, afinal, que homem consegue raciocinar olhando para uma mulher tão linda e ainda por cima inteligente?
“- Sim, pobre Toby. A senhorita está decidida a manter sua promessa à irmã dele. Percebo que é muito determinada em relação às suas promessas. E quanto ao que prometeu a mim? Por favor, a senhorita disse, da maneira mais angelical. E eu, entre todos os homens, deveria ter sido esperto o suficiente para não me deixar comover por atitudes patéticas... e grandes olhos azuis ameaçando chorar...”
Temos então uma história envolvente, com personagens incríveis e várias dificuldades a serem enfrentadas; afinal ela foi criada para se casar com um Duque e não pode sonhar em se envolver com um simples advogado, e ele, tudo o que deseja e trabalhar e se manter longe da aristocracia, ter uma vida tranquila como a dos seus pais.

A leitura é envolvente do início ao fim e para mim sem dúvida foi um livro maravilhoso. Apesar de a autora ter colocado muito pouco as irmãs Noirot na história, não senti falta, estava envolvida demais no enredo do livro e este não diz respeito à loja de costura, é a história da Clara. Dou nota 5/5 e digo que foi o meu livro favorito. Ri muito durante a história e amei o mocinho, ele sem dúvida foi meu personagem preferido desta série. Surpreendi-me com o livro por ser o último e por isso recomendo a leitura da série toda, pois o final foi fantástico. Vale destacar que para mim esta história me lembrou muito do Príncipe dos Canalhas em relação ao casal protagonista e suas fortes personalidades. A Loretta em sua narrativa descritiva e sua inclusão de fatos verídicos da época no início de cada capítulo ou citações de livros só nos dá um gostinho de quero mais da história. Não perca tempo, se você curte romance de época, e principalmente conhecer um pouco mais sobre a sociedade britânica neste século, esta série é excelente.

Boa leitura
Carolina Finco. (Blog Pretenses)

Um comentário:

  1. Oi Adriana!

    Poxa, fico feliz que você tenha gostado tanto desse livro. É maravilhoso quando a gente encontra uma leitura que nos surpreende ao ponto de tornar-se favorita, né?

    Eu confesso que nunca li nada da Loretta Chase, ou da Julia Quinn, ou qualquer outra autora de romances de época (exceto Jane Austen, as irmãs Brontë, etc.), mas a sua resenha me deixou bastante curioso, principalmente pela parte em que, como você disse, a autora situa o leitor na realidade da época - uma coisa que eu acho fundamental pra narrativa.

    Ta aí, quem sabe eu não dê uma chance para a Loretta Chase? :)

    Parabéns pela resenha!
    Beijos

    Thiago | O Leitor Preguiçoso
    www.leitorpreguicoso.com.br

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